Uma pergunta que costumo fazer quando estou entrevistando um candidato a designer é: se você não tivesse nenhuma restrição, seja de tempo, recursos ou pessoas, o que faria de diferente neste projeto?
Com essa pergunta, quero entender as possibilidades, claro. Mas gosto mesmo é de observar como as restrições atuais moldaram suas decisões. E, sinceramente, essa não é uma pergunta com resposta certa. O que me interessa é perceber o apetite por risco, a criatividade e a visão. Esses são bons indicativos de proficiência.
Mas sejamos sinceros: um mundo sem restrições não existe. E isso é ótimo. Você precisa de limites para tomar boas decisões. Tempo, escopo e recursos precisam de um teto, porque, sem limitações, um projeto nunca chega ao fim. Se você tem tempo de sobra, o produto nunca vai parecer bom o suficiente para ser entregue. Se não define quais problemas vai resolver, todo problema vira uma possibilidade. E, se tem recursos ilimitados, sua estrutura incha e as coisas não andam.
Restrições forçam foco. Elas não deixam você testar mil coisas, mudar de ideia o tempo todo ou cair na armadilha do perfeccionismo. Limitações te obrigam a ser criativo e te transformam em alguém que executa. O famoso "antes feito do que perfeito" só existe para quem trabalha com restrições.
E são essas limitações que colocam soluções no mercado, resolvem problemas reais e permitem que ideias sejam testadas. A inovação é alimentada por projetos criativos que só aconteceram porque, um dia, alguém teve coragem de definir limites claros.
No final das contas, as restrições libertam.
🗂️ Liderança
Debugging the most critical relationship in your work life
A maioria das habilidades pode ser aprendida, e com managing up não é diferente. Neste artigo, a autora usa uma metáfora fofa para falar sobre esse desafio e como se tornar melhor nisso. Lena defende que o caminho passa por cultivar confiança, alinhar expectativas e comunicar com consistência, e ensina como fazer isso na prática.
Será que todo micromanagement é ruim? Este artigo argumenta que não. Com exemplos de líderes da Apple, Stripe, Uber, Rippling e outras startups, ele mostra como o envolvimento nos detalhes pode fazer diferença em momentos-chave. O segredo está em saber alternar entre delegar e mergulhar fundo, com intencionalidade, contexto e propósito.
Com a chegada da inteligência artificial, designers precisam evoluir para continuar relevantes. Este artigo traz conselhos de especialistas sobre como ampliar o escopo estratégico do design. A mensagem central é clara: quem usa a IA como aliada, e não como ameaça, continua indispensável.
🗂️ Negócios
Este foi o artigo mais interessante que li sobre inteligência artificial nesta semana, porque mostra na prática como o Shopify construiu uma cultura que trata a IA como aliada no trabalho. Com princípios bem definidos, a empresa derrubou barreiras de adoção e permitiu que todas as pessoas possam experimentar e explorar o futuro, no presente.
Why Duolingo switched to Energy and How it Helps you Learn
Este artigo é super curtinho e mostra por que o Duolingo está testando o fim dos corações e a introdução de uma bateria de energia. É um exemplo clássico de comportamento do usuário, em que é preciso dosar incentivos e punições para garantir o engajamento.
🗂️ Bônus
Muitas empresas anunciam grandes apostas como forma de puxar um movimento de inovação. Mas neste artigo, o autor critica essas iniciativas quando são feitas sem contexto ou experimentação. Ele defende um crescimento mais consciente e validado, evitando apostas cegas como foi o caso do metaverso do Zuck.
Se você não tem o hábito de ler em inglês, tudo bem.
Use o ChatGPT que é sucesso. 🧡
Obrigada por acompanhar esta edição.
Um grande abraço,
Kakau