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Ana Vieira, Lead Designer @ Nubank

🎟️ Pack Lead, Ed. 33 @ 2025

out 30, 2025
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👉 Ana Vieira
Lead Designer, Nubank

Nesta edição da PackLead, conversamos com Ana Vieira.

Ana tem uma trajetória marcada por decisões conscientes e atenção ao contexto. Formada em Design de Produto e especializada em Design Centrado no Usuário, ela começou sua carreira como Content Designer, migrou para Product Design, foi manager e hoje atua como líder técnica do time de design do Nubank.

Ao longo dessa jornada, Ana aprendeu a equilibrar direção e escuta. Toma decisões com base no valor que pode entregar e no quanto pode se desenvolver em cada desafio. Seu estilo combina liderança e foco estratégico. É uma pessoa resolutiva, com pensamento generalista e orientado para a solução de problemas. Nesta entrevista, ela compartilha aprendizados sobre transições de carreira, tomada de decisão e os desafios reais da liderança.


🎙️ Como foi o processo de tomar a decisão entre ser um contribuidor individual ou buscar a carreira de gestão? O que você levou em consideração para tomar essa decisão?

Essa pergunta é bem boa. Senta que lá vem história textão. Desde quando eu era uma analista de conteúdo e migrei para UX Writing Junior, lá em 2017, meu sonho já era ser UX Writing Specialist (chique né?). Pois bem, eu saí da agência onde trabalhava como pleno, fui pra uma fintech onde fui promovida a senior, depois migrei pra product marketing (onde descobri o quanto eu amava design) e cheguei no Nu como Content designer IC4. De IC4 pra IC5, de IC5 pra IC6 e veio a migração pra Product designer, a qual eu tomei a decisão porque eu já fazia (e amava) muito mais partes do processo de design do que a estratégia de conteúdo em si.

No início deste ano houveram algumas mudanças no time e o fatídico convite: Ana, o que você acha de ser Design Manager? E eu não achava nada. Nunca foi um sonho mas nunca foi um problema. Aí eu analisei os prós e contras e falei, pô vamo aí. Depois de 9 meses, muitos desabafos com a minha líder e também muita terapia eu entendi que eu não tava feliz.

É muito legal desenvolver pessoas, conseguir criar laços de confiança com seu time, orientar a galera e vê-los chegando a resultados incríveis. Mas se você gosta de FAZER, pense duas vezes. Quando você é manager não é você que realiza as coisas, você realiza sempre através do time e por mais incrível que seja você ajudar alguém a se desenvolver e chegar no resultado esperado, pode ser que isso não te satisfaça pessoal e profissionalmente e tá tudo bem.

Outra camada que ninguém fala, é o custo emocional de não ir lá e resolver. A minha rotina como manager era boa parte formada por alinhamentos, conversas, negociações, o famoso tudo certo e nada resolvido. E eu nunca mais tive aquela sensação gostosa de limpar todos os itens da lista e pedir pelo próximo desafio.

O que me satisfaz de verdade é shipar coisa, é resolver problema de pessoas usuárias, é pensar em múltiplos casos de uso e entender como adequar um fluxo à todos eles ou a pelo menos a maior quantidade possível. E quando eu entendi isso, aproveitei mais uma mudança que estava acontecendo no meu time para voltar a ser contribuidora individual.

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